O tempo é como um sopro do vento traz
Cheiro denso como poeira fina a vagar.
Pela atmosfera a procura de onde se assentar.
Sou o vento desfeito pelo redemoinho feroz a cada
Giro a se fortalecer.
Desprotegida de quem espera
a conclusão estabelecer.
O tempo passa, como o vento se desfaz.
A cilada chega, como o agitar da vontade.
Ele aspira os pequenos grão de areia trazidos
Pelo vento a voar como pássaros em revoada.
O tempo é como guerreiro em batalhas faz barreiras.
Mas o vento é forte e abala alicerce.
O tempo insistente traz tempo para que as lágrimas não cesse.
Vá, deixe o vento embarque na surpresa a dilatar.
De um tempo para o vazio terminar.
No compasso do vento o tempo a se desencantar,
Aguardar como herói eterno a salvar.
Ou como vilão, um vampiro com sede do néctar do pulsar.
Assim é o tempo, como vento sem pressa busca suas presas.
E chama para se ouvir.
Ei!
Ache o tempo, pois o vento debanda do longo lapso de anos.
Vá aviva o vento contra o tempo.
Corre o tempo sobre o vento.
Que busca tempo e ache o vento.
Que sopra, sopra, sopra...
O tempo, passa, passa, passa...
Expressões.
Madel Lopez