sábado, 17 de abril de 2021

Vale sombrio.

Meu mundo caiu, e se tornou em um vale sombrio.

Em desespero me sinto na ponta de um prédio, o vento sopra forte, sinto sua força ao tocar minha pele, meu sangue álgido circula devagar em minhas veias.

 A lua distante nos observa. 

Pois o mundo, está repleto de ódio e concupiscência, juntos, prendem os seres humanos transformando-os em fantoches, aprisionando-os ao desespero. Eu continuo no mesmo lugar, o vento não parou de soprar as mãos já enrijecidas, pois, não há ninguém para segurá-las. Porém, a lua lá do alto traz para este mundo escuro o silêncio, a morte chega se arrastando em agonia. A lua deve estar pensando que a terra é tudo que importa, sim, ela é tão importante que ela orbita em sua volta, se a terra não existisse a lua também não existiria. Os humanos são fantasmas suspensos eu, sem minhas asas, equilibro na ponta do prédio se tornaram um fardo. O mundo se quebrou deixando tanta dor, a partir deste momento quem se condicionou à quem/? 

Quem perdeu o controle da vida? 

São fatos que equilibram a vida e a morte, destinadas assim como a lua orbita em torno da terra, a morte orbita em torno da vida.  No fundo do coração está a verdadeira razão do que ter medo, não importando o quão a morte seja eficaz ela controlará o caminho de volta, escolhendo compensar os humanos a se abandonar, eles são os monstros revestidos em pele humana. Ela colocará a paz ao coração usando a chave da justiça.  Já que nossos sonhos são curtos, como as nossas vidas, nessa inquietude culpo meu carma, destino de minha vida passada. Assim sendo, uma faísca de esperança surge quando um raio trouxe a terra uma luz azul para alumiar a mente fazendo os seres confessar e ter sensibilidade de perceber a maturidade de tudo que resultará na essência e capacidade de reinventar, para não serem pegos de surpresa, pois você é apenas a serva do criador.  Devagar, me distancio da ponta do prédio, ainda não é hora, visto que a um olhar em minha direção seus braços estão abertos esperando o meu abraço.


Madel Lopez.