sábado, 6 de novembro de 2021

Mundo Real.

É dia, a paisagem do lado de fora da janela é de uma paz lenta, nela às vezes a chuva cai, os raios de sol brilham. Lá quero ser caçadora, mas sou uma guarda que protege meu coração congelado. A alegria está do lado de fora se gabando, avida, gloriosa, grita em plenos pulmões me empurrando para o desespero. A noite, muda a paisagem, luzes piscam na escuridão como vaga-lumes, ser um presente, uma imagem a flutuar em minha visão, aflita, rígida, tento adivinhar, sorrindo, guio minha mão, abrir a janela ou ficar. Prudente, passo os dias me escutando, sei o que é preciso, escolher.  Aqui dentro sobre a mesa há um vaso com flores, com o passar dos dias as pétalas se solta, suave cai sobre a mesa como as folhas dos galhos das árvores no outono, você pensa, ir ao um parquinho, escolher a gangorra porque ela sobe e desce, mas se não tem ninguém para andar com você nada acontece. Porém, você se sente qual a um sapato velho que não se usa mais, jogado em um canto qualquer estar.  Limitada as amarras a te prenderem, se contorci revestida de medo, tenta se desprender sem ter um aliado, o medo se fortalece te resguardando para a fuga, ele é a covardia, a fraqueza, também é temer o inimaginável é a morte da coragem.  Medo é o abandono de si mesma, é saber e não querer, é querer e não saber e ter e perder, apesar de se estar em uma guerra que se trava intimamente, o mau vencendo o bom, mas também é o bem vencendo o mal, pois a morte tem inveja da vida, por ela estar conectada com o amor. É contínuo, lá fora a paisagem é de uma paz sem sentido, de maneira irreal não sinto mais minha presença, pois a futilidade a empolgação se triunfou ao maquinar a próxima maldade, se vangloriando sua pequenez se anulando o sub existir neste vasto mundo, ao se encontrar encrustada na paisagem suprimindo a sordidez suplicante deixa uma brecha. E se enche de medo, assim o medo é como a cobra sucuri imensa, forte ela não ataca o humano, dele foge parece que a vida é complicada por espessos sentimentos que distorce as vontades nem a maior cobra do mundo gosta de 'comer' humanos, ela se alimenta de presas menores matando os por contrição, pela cabeça inicia a ingestão, pode levar até 15 dias para se alimentar novamente. A maldade também se apossa de sua mente, devora o sorriso de seus lábios, inunda o brilho de seus olhos, penetra em seu coração devorando sua alma.

Lá fora a paisagem é de uma paz lenta.

Aqui dentro a tempestade é violenta neste Mundo Real.

Madel Lopez,

24/08/21

sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Distorcer

 A verdade distorcida, traz mexeriqueiros como enxame.

O que concerne a ardilosa dita, neste mundo atraindo os nocivos, e te drena o emocional. Tenta captar toda a dores que sente no corpo para seguir o próprio caminho, mas a placa que marca a minha frente diz "Descanse em paz onde a dor não te alcance". Ser apenas diferente, deixando de ser humana e se tornar um monstro ou ser um vaga-lume e por um breve período brilhar intensamente. Não tem culpa por ser monstro, foram eles os ditos humanos que a transformou te cobrindo de irá, te envenenando com calúnias e humilhações ao destilar seus venenos de zombaria, crueldade e de escárnio. 

Diz a verdade, você é anormal? 

Estar caindo, não de cair, mas de pisar firme, pois se tornou uma vilã. Sendo assim, não se pode substituir a inocência perdida. Talvez seja somente pó, então flutuará pelo mundo sem que ninguém se importe mesmo estando bem ao lado. Agraciada ao ser pequena como a partícula do pó, assim pode proteger a verdade visto que é possível ver claramente no momento crítico. Circular entre o vazio se encontrando em paz, pois lá, a maledicência não o atingirá mesmo estando diante do espelho sendo refletida a imagem de um corpo e o seu coração no interior sendo sugado. Maculado para sempre em um contrato que sela o tempo. Serás livre das amarras do laço que a prende, o sangue que derramas é lavado pela torrente de lágrimas que cai repentina e repetidas dos olhos. Assim talvez se liberta da prisão de si mesma, sendo o mundo para si é deserto como terra árida.

Madel Lopez








terça-feira, 12 de outubro de 2021

A chuva.

O que está sobre o nome?

Incertezas?

Lá fora a chuva, o vento sopra, a terra úmida se encharca.

De perto a vida é uma tragédia, apesar de ser um processo de criação e de erros, a dor consome com o peso dos pensamentos. Às vezes é um sonho sonhado, muito bonito, é acordar e ver a realidade, mesmo estando escuro você não consegue ver, e o mundo começa outra vez, apesar de sua transformação em um ser transparente se sente triste como um pássaro engaiolado, vive, canta, mas não voa. Ou ser uma poeira que se joga para debaixo do tapete, talvez, ser uma sombra que depois que a luz se apaga ela desaparece. Simplesmente estar se movendo como uma reprise de uma cena mal interpretada, se surpreende ao ouvir a música que toca compassivamente, sobrecarregando o coração exaltado, apesar de estar em busca de si mesma, para diante do espelho, sem ver a imagem desfigurada. Apesar de estar a caminhar, se debate para evitar se afogar no passado, este que se desmascara sem tirar a máscara para revelar a natureza real de ser boa ou má.

O que está por debaixo do nome?

Um encarceramento?

Redenção?

Sendo que, incertezas são como os chacais, de dia se mantém o silêncio, a noite espera a estrela aparecer uivando para se alimentar. Se render, aceitar a oposição, deixar de ser e se tornar além da demência ou ficar debaixo do chicote, aceitando, suportando o coração inquieto apertado no peito como espartilho apertando a cintura. Comumente, a dor distorce o consciente, a lua minguante clareia o céu, as estrelas piscam um apelo insistente como mariposa na lâmpada quente, não consegue se afastar da luz e se debate até o fim. Cociente e intencional o passado permanece na existência, te deixa exausta inteiramente.  Ou continuar atingida pela chuva que traz a friagem da terra úmida, tornando a voz rouca e trêmula sem saber o que fazer, se sente sufocar ao aceitar a mentira enquanto a verdade não chega, pois o silêncio traz a pás e a boca traz o caos. Na parede do esconderijo, a moldura está sem a foto, escarnecida se foi sem esperar a chuva passar, o vento soprar, a terra secar, para talvez quem sabe deixar que a primavera venha.

 Lá fora a chuva.

 Aqui dentro a tempestade.

Madel Lopez

12/09/21

sexta-feira, 8 de outubro de 2021

Quatro.

 O jogo é, 

Querer estar para se encontrar.

Querer pedir para se dar.

Sem a crença da desordem com a permissão da dúvida para se lançar ao ataque e deixar o destino falar por si, pois o lance que é a morte será quando toda verdade será lançada, como um jogador armador em pânico.

A derrota é que o chão que pisa sustenta,

Quatro paredes,

quatro quinas,

uma porta,

uma janela.

As vozes, os passos, as pessoas, trazem sonhos interrompidos como as luzes que se apagam.  Torna o ambiente escuro e o medo vem, ele traz a paixão já que estão sempre juntos. Sendo que o medo nos faz sobreviver, a paixão nos faz sentir vivos e nos enche de saudades. Saudade é como o vento que passa deixando o sopro da brisa entrar pela janela, é a tempestade das emoções no ar que se respira, a visão que se tem da mensagem que é recebida, saudade, palavra esta que derrota o interior do ser. Saudade de ver, ouvir, de estar, e de jamais deixar partir. É por estar só, mas o coração cheio de querer, um abraço, um afago, de sentir, e do jogo só sair assim como as lágrimas correndo de dentro da alma. Trancada em um quarto, você permanece, entre quatro paredes, quatro quinas, um teto, uma janela para brisa entrar e você respirar.

Em razão de que o lance visa a vitória subjuga derrota e o jogo não termina.


Madel Lopez.

10/10/09

sexta-feira, 30 de julho de 2021

Conflito.

Montar um quebra cabeça, reconectar, se deparar, será como encontrar uma chave para achar a saída?

Mesmo ferida, distorcer a dor coberta pelo faz de contas?   

Mas qual a saída, á tantas portas para a fuga e a luta faz o relógio marcar o tempo em velocidade, eu corro, caio, me levanto, luto contra o medo, me desespero, vou em frente, seguindo as marcas deixadas, é que elas revelam meu corpo desvirtuado. Escolher um jogo de tabuleiro, as peças são os anos de existir. Sinto falta de mim, pois sou a única que me conhece, só aí vencerei o jogo e terei o que é preciso. Sendo que as memórias são perigosas, são nelas que se encontram as dores, que te prendem a si mesma, e nesta batalha, sozinha, perdida, dividida em duas o impactante revelador é localizar o inimigo e esse sou eu. Então, nesta escuridão se conectar para não perder o caminho, ou ouvir o tilintar do sino e esperar ajuda, pois sou eu antes, eu, sou eu marcada, aceitar, pois o nome vem antes de ser, é você antes de tudo e no final a barreira erguida, ao se perdoar será desfeita e você estará de volta. Apesar de dia a dia ter que fazer escolhas, pois as memórias são um campo minado que você precisa atravessar, para seguir usando o instinto que é como renascer para ver o mundo como realmente é, e não mais receber junções de quem não quer fixar ou papear por obrigação. Neste conflito procurar um lugar vazio para se ascender, ficar, mas precisa ir, lá fora é indefesa, aqui dentro é prisioneira. Mas a felicidade às vezes passageira é felicidade por tanto felicidade é ser neste mundo caótico de querer. 

 

Madel Lopez 

 

 

quarta-feira, 21 de julho de 2021

louca.

 A distância, a água, é doce e o sal amarga, porque o mar é azul e o céu se encontra. 

Louca, loucura. 

Doida, Doideira 

Por si só, só por si. 


São as nossas percepções agudas, sentidos afiados pelo que se vê, pelo que se ouve, sem si conter. Ser louca é ter um lugar dentro de sua mente que é escuro sombrio para onde você escapa na angústia de viver. Lá está cheio de lembranças doces cobertas pelas amargas e desafia o ódio, pois te machucam e a raiva sobrevive te alfinetando diariamente para que a dor não cesse por que dentro desse ódio além da raiva, cresce um sentimento puro.  Neste jogo de viver, o peso da existência é uma missão, um contrato indissolúvel com a morte. Mesmo sabendo que loucura é ir reto em um labirinto e encontrar a saída, um rascunho ruim de uma história, é o refúgio dos sãos, também é fugir de sua própria fuga sendo racional e irracional, pode ser uma corrida de obstáculos onde o único obstáculo é a morte. Viver é um jogo onde o único adversário que permanece é você que luta consigo para não se tornar um louco desvairado. Todo humano é uma realização de Deus, mas não conhece o conceito amar a si como ao próximo, um presente de Deus que não sabem reconhecer. Mesmo com o passar do tempo, assim como uma cobra é uma cobra mesmo trocando de pele, pois sendo pequena se iguala a estrutura e prova que ser idiota é um privilégio dos incompetentes a ser humanos.  Todo ser humano nasce com um livro de sua vida ou uma linha da vida cada momento gravado neles é seu destino, é o que torna realidade, assim como ser normais e angariar sãos, já o meu é encontrar os sãos e seus seguidores. Por que ser são neste mundo desigual é como encher um balde furado de água ou colocarmos uma máscara sobre a que já usamos e dizer; 


Lucida, lucidez 

Sá, sandice 


Madel Lopez

 

Sussurro descuidado.

 Distante, parece que o tempo parou. 

 Me esforço para sorrir. 

Ainda que tente, intencionalmente me magoo por vezes. 

Você está sofrendo? 

Mas você é a razão e o motivo para que eu fique neste mundo. 

Vivo sem conseguir te esquecer, o passado ainda me assombra, 

Caminho em busca de por que é na estrada escura ouço sua voz chamando o nome da outra. 

Durante a volúpia entre gemidos, você o sussurrou. 

Engano? 

Ou amor, puro amor. 

O meu você esqueceu!  

Estou me achando em desordem, pois lembranças dolorosas não são esquecidas facilmente... 

Sou a única que restou deste amor, pois não pude te alcançar. 

Sem escolha fiquei, não há mais amor dentro de mim, você tudo levou…  

E o encanto quebrado só faz eterno o desejo guardado. 

E o tempo não para, e a distância distante não espera. 

 

 

Madel Lopez 

 15/07/21 

domingo, 27 de junho de 2021

Inocente.

É inimaginável voltar no tempo, mesmo não querendo ele por si não volta.  Uma história, gravada lá no íntimo, bem lá, no fundo, onde ninguém pode alcançar, mas a dor sim e se transforma como em um vazamento de açude constante e feroz.  Achar haver passado esta dor que não sangra, que não cicatriza e nem abrevia, só a ânsia de fugir de si mesma, de não se encontrar, de estar perdida em um ‘porque’ permanece inabalável.

Por que não ser nem suspeita? 

Por quê, ser acusada injustamente?

 Por quê, por algo que não fez? 

Como lidar com isso?


Como não se importar? 


E ser ignorada por trinta e seis longos anos de solidão, desespero, humilhação e descaso, tratada como um ser anormal, castigada por olhares de repulsa a te condenar. Em nosso vocabulário se pode encontrar muitas palavras com significados e sinônimos que justificam ser injustiçado, mas a emoção que carrega não. Injustiçada é revisitar suas memórias mais traumáticas e terríveis diariamente, é viver, mas não respirar por estar nesta prisão injusta. E aí, como conseguir aliviar e refletir para apaziguar a dor e os sentimentos de perda. Por vezes, mesmo que se esforce para esquecer as feridas, elas não somem, continuam nos cantos do seu coração te machucando é como se durante um evento você tenha que cumprimentar trezentos e sessenta pessoas apertando sua mão, no final de tal, sua mão está dormente seu coração dolorido e sua angústia desenfreada. E assim, lutar consigo mesma é a constância do seu existir, pois arrependimentos não tem só ressentimentos e decepções que se recarregam diariamente em lamentos profundos ao ouvir palavras maldosas que a ferem. Contudo, mesmo sendo vulnerável e racional, uma história permanece a mesma apesar de ser contada inúmeras vezes, na realidade e nos contos de fadas, porque nem a injustiça e o tempo te fazem perder os valores existencial maternal, só te faz querer ser forte tanto quanto ver o nascer do sol, também o pôr do sol, sabe aquela hora em que, apenas por uns poucos minutos o dourado tinge o azul do firmamento em seguida o azul insiste em ficar, aí surgi o vermelho o laranja se junta, mas a força do dourado do sol vence a batalha e glorioso se espalha. No dia seguinte e no outro, no outro ele não se cansa continua seu combate para existir mesmo sendo injustiçado por estar muito quente ou mesmo por estar escondido pelas nuvens, porque é da natureza do ser humano normal ser injusto, e assim por esses longos anos como uma sina ou uma praga propelida sua vida é ser injustiçada. Por esse motivo se tornou um ser humano anormal. 


Madel Lopez.

 

 

 

segunda-feira, 7 de junho de 2021

Ser Idosa.

 Tempo, o que é? 

Ser a continuidade que corresponde à duração das coisas, o decurso de como, por ser a extensão do presente, passado e futuro ou ser época, tempo dos gregos e para os humanos o ciclo, a etapa, o estágio. Para resumir, envelhecer é o curso natural das coisas. Envelhecer, é não ter desejos, lembranças ou arrependimentos.

Seu corpo flácido.

Sua mente vaga.

Suas pernas fraquejam.

Sua lucidez, vai e vem com o passado presente, o presente passado. Pois o futuro, huum...

O adeus se torna costumeiro, corriqueiro e as lágrimas elas se esquecem de os olhos umedecerem.

Sem direção, apenas segui sem desistir, e esperar soltar o último ânsia e alcançar.

A velhice é ser livre, mas presa na vontade.

 É voar com as asas presas.

 É ser uma águia e estar sempre em voo rasante.

 É não ter pressa, mas, o tempo se apressa, pois ele te tornou velha e te fez se perder dentro de si.

Ser velha foi por que um dia foi bebe, filha, irmã, sobrinha, neta, tia, mãe, avó.

Envelhecer, é quando você abandona a inveja, arrogância, insegurança e por último a impotência toma conta, os ombros ficam curvos, as mãos tremem e pode ser esquecida como as promessas proferidas. Se perde o direito de querer, de fazer o que quer, sendo que não se aspira o querer. Estar correndo em uma esteira e não avançar um micrômetro sequer. 

O que te deixa feliz? Não saber.

 A um canto se deixar ficar e a demência senil vem visitar, suspirando, com o olhar distante a vislumbrar o sonho impossível de esquecer, apesar de esquecer o próprio nome. Envelhecer, ser velho, ser experiente, pois estar a década a existir a presenciar a desfrutar o significado de viver.

 Envelhecer, é quando aguarda o chamado por um toque para dizer adeus e ir ao encontro do renascer para de novo correr contra o tempo, quando se fizer contato com os olhos do segador a terra não existirá para você, pois tempo é o intervalo da dilação.


Madel Lopez


terça-feira, 1 de junho de 2021

A verdade.

O descontentamento, pois a vida não é como queremos, ela segue seu próprio rumo. Atolada, imersa em meu destino malfado, no passar dos anos a esperança está leve como uma pétala de uma flor ao vento ou como um filhote perdido, é assim quando se separa dos sonhos.  Assim sendo, só, você reconhece e pode ver tudo até a impureza ou pureza do ser, por isso muitas vezes fecho os olhos para não fazer contato visual direto.

 Pois, Adão e Eva viviam no paraíso, tinham tudo, mas queriam mais, queriam ver além do que viam.

Em seu estado de ser, completo, e queriam mais.

Viam tudo, achavam pouco.

A cobiça, acordou.

Rastejante ofereceu.

Do fruto da verdade ele comeu.

E o inferno ele viu.

Seus olhos descortinou e a desonra se aproximou.

O desejo se alojou

Da descoberta não se perdoou.

O castigo se implantou

Do ventre de Eva dois seres perpetuou.

O mau e o bom nasceu.

Logo o sangue derramou.

E o mundo é hoje assim, ceticismo, crueldade, logro e presunção.

Se tornaram a condição descabida de existir.


Madel Lopez.

quarta-feira, 26 de maio de 2021

Uma maldição.

Será que ao nascermos somos humanos ou foi por uma maldição imposta, pois sendo que nós, nos traímos, roubamos, matamos, mentimos e usurpamos.

Ou apenas nos convertemos em animais temíveis!

Por estarmos girando como uma roda de engrenagem, uns para um lado, o seguinte para outro lado. A verdade que deveria ser parceira se faz parecer um presente de magia, tira a beleza por ser verdadeiro e comum.  A verdade quando não suportada se extingui, sabe, deveria haver uma fonte da verdade para reabastecer, e não ser devolvida como um presente recusado. Dessa forma como alguns confundem o mau com o mal, o bem com o bom sendo que mau, contrário do que é bom, mal, contrário ao bem, ou seja, bom, expressa bondade, bem expressa alegria em suma às vezes a verdade é como atravessar um longo rio congelado ou ficar à margem sem saber aonde ir. Também como o oposto, assistir ao pôr do sol refletindo no mar, apesar da beleza de alguns momentos neste círculo uns quebram a magia da verdade e vivem como as serpentes e as cobras cujo alimento são pequenos ou grandes animais, elas se escondem nas sombras, em buracos, rios até em árvores, surgindo de repente para atacar seus sacrificados. Rastejantes, se despencando pegam suas presas num bote injetam seu veneno, te aperta em um abraço mortal ou engole de uma vez para digerir lentamente. Nesta engrenagem sob a constante fuga da verdade, tenho medo, a todo momento me sinto a beira de um precipício, a minha frente a uma barreira de gelo erguida, não posso seguir em frente ou para trás protegida giro lentamente nesta engrenagem e às vezes sou capaz de retirar minha máscara para as lágrimas escorrem livremente para impedir que me transforme em ofídio.



sábado, 17 de abril de 2021

Vale sombrio.

Meu mundo caiu, e se tornou em um vale sombrio.

Em desespero me sinto na ponta de um prédio, o vento sopra forte, sinto sua força ao tocar minha pele, meu sangue álgido circula devagar em minhas veias.

 A lua distante nos observa. 

Pois o mundo, está repleto de ódio e concupiscência, juntos, prendem os seres humanos transformando-os em fantoches, aprisionando-os ao desespero. Eu continuo no mesmo lugar, o vento não parou de soprar as mãos já enrijecidas, pois, não há ninguém para segurá-las. Porém, a lua lá do alto traz para este mundo escuro o silêncio, a morte chega se arrastando em agonia. A lua deve estar pensando que a terra é tudo que importa, sim, ela é tão importante que ela orbita em sua volta, se a terra não existisse a lua também não existiria. Os humanos são fantasmas suspensos eu, sem minhas asas, equilibro na ponta do prédio se tornaram um fardo. O mundo se quebrou deixando tanta dor, a partir deste momento quem se condicionou à quem/? 

Quem perdeu o controle da vida? 

São fatos que equilibram a vida e a morte, destinadas assim como a lua orbita em torno da terra, a morte orbita em torno da vida.  No fundo do coração está a verdadeira razão do que ter medo, não importando o quão a morte seja eficaz ela controlará o caminho de volta, escolhendo compensar os humanos a se abandonar, eles são os monstros revestidos em pele humana. Ela colocará a paz ao coração usando a chave da justiça.  Já que nossos sonhos são curtos, como as nossas vidas, nessa inquietude culpo meu carma, destino de minha vida passada. Assim sendo, uma faísca de esperança surge quando um raio trouxe a terra uma luz azul para alumiar a mente fazendo os seres confessar e ter sensibilidade de perceber a maturidade de tudo que resultará na essência e capacidade de reinventar, para não serem pegos de surpresa, pois você é apenas a serva do criador.  Devagar, me distancio da ponta do prédio, ainda não é hora, visto que a um olhar em minha direção seus braços estão abertos esperando o meu abraço.


Madel Lopez.